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28 de julho de 2011

Vida amorosa. É, a mesma droga…

Se perguntar de mim por essas ruas que eu ando acompanhado e abandonado...
Se perguntar... Não te garanto respostas satisfatórias.
As pessoas me julgam por erros passados, por fatos por mim apagados, rasgados das páginas da minha vida.

Eu já experimentei, confesso...
O fogo me subia, consumia, me empurrava e eu seguia... Para o escuro, para o escondido, para ganhar mais fama de pervertido, errado.
 
Não eram toques como nos meus sonhos
Eram gritos, como nos meus pesadelos... Gritos de prazer... Deles!
Não eram beijos como nos meus sonhos
Eram gritos, como nos meus pesadelos... Gritos de dor... Meus!
 
O vício foi tomando conta de mim e o que não fazia bem nenhum me fez mentir
Mentir que gostava, mentir que queria mais, mentir que não me importava com nada.
 
Eu me importava! Eu só não sabia, eu estava cego pela droga do prazer...
Todos me avisaram e eu tapei os ouvidos, fechei os olhos e gritei, toquei, senti...
 
Mas aos poucos eu apago e tento encontrar alguém pra abraçar e beijar
Alguém para não ser apenas um pedaço de carne disposto ao prazer...
 
Vida amorosa? É, a mesma droga...
 
Agora não me entrego e os sonhos me atormentam...
Agora não me entrego e sinto falta de amor...
Não é amor fraternal, não é amor dos pais, nem de irmão!
 
Não me importo em ouvir que sou leviano
Por muito tempo eu fui, mas agora tenho a consciência limpa e meu corpo também.


15 de julho de 2011

Nós escolhemos

Os médicos e suas lindas esposas: advogadas, psicólogas, designers, ou, quem sabe, médicas também. Motoqueiros que, ao realizar um feito admirável e ficar entre a vida e a morte, lembram de suas namoradas roqueiras tocando “It’s My Life” e olhando no fundo de seus olhos. Engenheiros solteiros, em um bar, observando as lindas garçonetes. Cantores famosos em um palco, cantando, deixando se levar pelas suas próprias músicas e pelas lembranças do abraço carinhoso e quente de suas namoradas enfermeiras. Hoje quero falar de pessoas.

Essência

Talvez meus sonhos sejam recheados de liberdade
E talvez eu lute demais para que eles sejam realidade
Mas a verdade...
A verdade é que a vida é curta demais para que passemos por ela sem enfrentá-la!


Posso sofrer
Mas vivo!
Às vezes, sem paciência, suspiro
De raiva eu grito
Mas quando venço um desafio
Quando quebro um tabu, quando mato um mito
Eu sei que vivo e serei lembrado por isso!
 
Para que viver de mentiras?
Para que agradar os outros?
Eu não quero pouco!
Eu quero a MINHA vida
Não quero viver para agradá-los
 
Eu vivo a minha essência, sem mentiras
E nós, os corajosos, que passamos a frente da vida
Nós nunca teremos que dar a despedida
Pois nunca se morre quem viveu verdadeiramente e corajosamente sua curta vida...
13 de julho de 2011

Garrafa de vidro: amor contido

Então é hora de partir!
É hora de voar, voar...
É hora de amar,
Amar pacato e discreto um amor contido.
Um amor-tufão
Guardado dentro de um vidrinho.


Já não mais choremos
Por insegurança.
Finjamo-nos coração de gelo
Deixemos em segredo
Esse amor.
 
É complicado equilibrar.
Quero-te aqui, só pra mim,
Só comigo, como amante-amigo,
Conselheiro apaixonado
Mas é difícil.
Vivemos em liberdade, sem compromissos.
 
E eu aqui
Finjo-me indiferente amigo
Quando, no fundo, meu amor é por demais possessivo.
 
Então é hora,
Hora de amar como se deve ser
E já não mais como se é.