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25 de abril de 2015

Surpresa

Como eu poderia adivinhar que aqueles olhos travessos
Atravessariam, serenos e límpidos, os meus olhos pequenos?
Como poderia eu saber que aquelas mãos agitadas
Aqueceriam os meus braços com a calma de um abraço?
Como saberia que o seu jeito impetuoso
Impetuosamente fizesse de mim sua proteção
Na ânsia em me amar?
Como prediria que sua sede de amor, infinita,
Só por mim se saciaria?
Como prenunciar que a falta que o homem da minha vida me fazia
Era uma falta dividida?
Como profetizar que estávamos destinados a nos amar?

No entanto, como duvidar?