Sou eu a dualidade existencial
Procuro o bem
Mas às vezes não fujo do mal
E a minha dualidade me completa:
Não sou um, sou dois!
Sou mesmo nessa poesia um leitor-poeta
Sou uma rocha
Que me cobre por inteiro,
Mas também sou o interior dela
Sou uma casa e sou o que há de fora da janela.
Sou fraqueza e vigor
Mas me seguro em força alheia
Para que não haja excesso de dor:
Quero os fracos como amigos
Quero o forte como amor.
Sou o sentimento desnudo
Já que sincero me fez o mundo
Mas sou excesso de segredo
Pois o mundo me dá medo.
E continuo nessa decisão indecisa faz tempo
De mostrar sentimento sem medo
E com medo deixá-lo em segredo.
Só em certas coisas ando em linha
Já que não sou profunda verdade
Nem tampouco fina mentira
Sou eu, apenas...
Sem explicação
E, totalmente explicado,
Vivo sem nenhuma razão
Mas, por poucos, consigo aos poucos ser captado.
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