A adolescência chega nas nossas vidas e com ela percebemos que as pessoas não são tão boas quanto eram conosco quando éramos crianças. Vemos nossos amigos crescendo e matando a criança que tem dentro deles. E a gente entra no mar da vida e nos vemos fazendo coisas erradas e mais coisas erradas que não dão pra apagar e essas contínuas coisas erradas vão construindo a nossa história de vida. E ela fica toda errada!
Os meus verdadeiros amigos que me desculpem, mas pessoas me cansam. Eu me vejo cada vez mais perdido da criança que eu era. Vejo coisas boas, mas as coisas ruins superam essas coisas. Eu, como bom rapaz com alma de garoto, vejo pessoas de todos os tipos. Falsas, pessoas que não gostam de você mas fingem gostar talvez por interesse. As interesseiras que acabam sendo falsas. Essas são as piores. Como é triste perceber que uma pessoa anda com você, uma pessoa está com você todos os momentos não por gostar da sua companhia, mas gostar dos seus favores, gostar que você ouça ela e ela nunca ter tempo ou paciência para te ouvir. E acaba que eu só desconto a minha raiva nas pessoas que mais gosto…
Eu sinto saudades da minha infância. Muitas mesmo. Éramos só eu e minha prima, na imensidão do nosso pequeno quintal. Fazíamos de tudo: desde voar, até cair de uma cachoeira em um barco de madeira. Às vezes fugíamos de casa e aprontávamos na rua. Brigávamos às vezes mas era coisa de criança. No outro dia já estávamos abraçados e brincando novamente. Agora minha prima se refugia nos braços do namorado e eu me refugiei no quarto, trancado, em um computador, ou saindo com os amigos “obscuros”. Hoje vendo uma foto nossa lembrei de uma das melhores épocas da minha vida, quando eu era feliz e sabia, quando a minha única preocupação era qual seria a brincadeira do outro dia.
A maioria dos meus amigos sonham com a maioridade, sair de casa e ter liberdade. Eu não. Eu trocaria todas as minhas chances de me engajar em um relacionamento com algum garoto para voltar à minha infância, quando eu não pensava em nenhum garoto ou garota!
26 de fevereiro de 2011
Saudades…
Author:
Guilherme Freire
Label:
adolescência,
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saudades
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