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15 de julho de 2011

Nós escolhemos

Os médicos e suas lindas esposas: advogadas, psicólogas, designers, ou, quem sabe, médicas também. Motoqueiros que, ao realizar um feito admirável e ficar entre a vida e a morte, lembram de suas namoradas roqueiras tocando “It’s My Life” e olhando no fundo de seus olhos. Engenheiros solteiros, em um bar, observando as lindas garçonetes. Cantores famosos em um palco, cantando, deixando se levar pelas suas próprias músicas e pelas lembranças do abraço carinhoso e quente de suas namoradas enfermeiras. Hoje quero falar de pessoas.



Mulheres: médicas, advogadas, psicólogas, designers. Apaixonadas por médicas, as suas mulheres, as suas esposas e vivendo em busca de um mundo melhor. IGUALDADE. Motoqueiros em busca de ação e adrenalina, arriscando a vida, se lembram de seus parceiros roqueiros e todo o preconceito que têm de enfrentar por eles, e suas manobras são fantásticas. SUPERAÇÃO. Em um bar, engenheiros solteiros admiram os lindos garçons e recebem olhares furtivos das outras pessoas. PRECONCEITO. Cantoras famosas que cantam sobre amor, assistidas por suas namoradas enfermeiras, que levantam cartazes onde se lê: “CORAGEM!”. Pessoas como as outras, mas que têm de encarar essas palavras todos os dias. Hoje quero falar de amor e escolhas.
O que faz o amor? O advogado sai de seu trabalho, cansado, estressado, e pretende seguir direto para a casa, para descansar. Mas, em seu caminho para casa, cruza com uma bióloga, também indo para casa. E os olhares se cruzam e nasce algo diferente que mexe com todo o corpo. Faz nascer um sorriso em ambos os rostos e ambos param e se admiram, os olhos sorrindo também. O stress vai embora e, pensa o advogado, porque não se estender um pouco mais e ter uma boa conversa com essa mulher interessante. O amor independe de nossas escolhas, pois só ele escolhe a quem vamos amar.
E no mesmo dia um biólogo, amigo da bióloga apressada, sai do trabalho e vai para um bar, beber um pouco pois o dia havia sido estressante. E, ao sentar em uma cadeira no balcão e pedir uma cerveja, nota um homem atraente, um pára-quedista. O pára-quedista também nota o biólogo e ambos dão um sorriso. Pessoas comuns, ambos, médico e bióloga, biólogo e pára-quedista, pessoas que se apaixonaram. O que faz com que o possível relacionamento entre o biólogo e o pára-quedista se torne mais complicado, com o tempo? Fácil. O não-amor da sociedade.
Mas hoje venho falar de pessoas. Hoje venho falar de pessoas e amor. Pessoas que amam, mas que não escolhem quem amar. Hoje venho falar de pessoas, amor e escolhas. Pessoas que amam, pessoas que se amam e amam o outro e que escolhem enfrentar o mundo. Nós não escolhemos amar, mas nós escolhemos não nos escondermos, independente do PRECONCEITO. Escolhemos a SUPERAÇÃO que nos é imposta para seguirmos em frente e enfrentar o mundo, para exigirmos IGUALDADE. E para isso é preciso CORAGEM. E para isso é preciso AMOR. O nosso amor, o nosso amor comum e o nosso amor igual que é diferente aos olhos de muitos.

1 comentários:

  1. lindo texto.
    personalidade e coração nisso tudo.
    gostei!
    muito parabéns Guih!

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