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9 de setembro de 2013

Valsa com a solidão



Nessa imensidão de corpos perdidos,
Corações vazios,
Olhares aflitos,
Tédio infinito,
Minha alma valsa sozinha
E encontra com a solidão.
Minha alma grita e tenta fugir,
Mas a maldita rodopia, gira, dá a mão,
Sufoca, aperta, não solta.
Minha alma não suporta
E, reconhecendo o seu próprio vazio,
Abraça a solidão.
Amor é falta.

Nessa dança louca,
Em meio ao caos,
Sobrepõem-se opostos.
Constroem-se paradoxos,
Amor e ódio,
Morte e vida,
O querer e o não querer.
Minha alma tropeça,
Meu desejo não impera,
A solidão faz festa.
Valsa com exatidão
Em seu próprio terreno
E, aqui, na imensidão que torna a qualquer um vazio,
Quem não valsa acompanhado,
Nunca dança sozinho:
Valsa com a solidão. 






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