Podre.
A palavra
reverbera,
Sonora,
gritante
As mãos que
deslizavam pelo seu corpo...
Podres!
Os dedos que
pressionavam...
Podres!
Podres eram
os sussurros das madrugadas,
Os contornos
maliciosos,
Os olhares
obscenos
E as
incursões sorrateiras,
Tão
complexas, pareciam troféus.
Era
incontrolável o desejo,
Avassalador,
Abrasador,
O fogo
queimava seus dedos
E o vazio...
Podre!
Demônio de
si mesmo,
Escravo dos
seus próprios ensejos,
Refém da sua
falta de amor.
Sugava,
então,
Qualquer
beijo
De qualquer
boca
A qualquer
momento.
Mas, mais
podre
Era sua
falta e seu desespero
Por migalhas
de sentimento.
Seu medo,
Podre, tão
podre!
Que
apodrecia tudo que ele tinha por dentro.
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