Eu quero o individualismo libertador de um quarto desarrumado,
Quero os pés descalços
E roupas jogadas
A caminho do chuveiro do banheiro.
Quero andar nu
No apartamento solitário
E rabiscar as paredes de tinta
Na estante da solidão.
Eu e eu,
Sozinhos enfim,
No ensurdecedor barulho de um pop
Que só eu gosto
E de uma MPB que só eu ouvi falar.
Contas na mesa,
Chave na cadeira
E o suave odor de mil e um perfumes,
De mil e uma noite que se arrastaram
De mil e um gemidos que não sussurraram
Sob a cama arrumada,
Bagunçada.
Cozinha,
Sala de estar
E escada.
Branco de solidão,
Azul de desalinhada.
Eu e eu,
Só meu
ESPAÇO!
1 de dezembro de 2016
Desejada solidão
Author:
Guilherme Freire
Label:
alma,
sentimento,
sentimentos,
solidão
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