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28 de agosto de 2011

Coisas cotidianas sem parênteses

3159891452_a14bb0c655 Coisas dessas cotidianas, que acontecem todos os dias, mesmo que você não veja. Mas acontecem! Coisas normais, ou mesmo coisas anormais que são consideradas normais, porque no mundo é assim: uma coisa quando é repetida infinitamente acaba sendo considerada normal. Duvida? Olha só nas cidades grandes os mendigos pedindo esmola. Pra quem mora lá isso é uma coisa super normal. Não são todos que acham isso, graças a Deus. O mundo ainda tem pessoas com sentimentos. E há também coisas que deveriam ser normais e são anormais. Mas o que eu disse acima mostra que um dia elas não serão mais anormais. Enfim, coisas cotidianas...
E existem coisas cotidianas que ficam presas a um lugar. Existem coisas cotidianas que ninguém, ou quase ninguém vê. E é uma dessas coisas que hoje venho noticiar. Aliás, acho que não são coisas. É uma coisa só. Uma coisa de duas pessoas. Esperto como você deve ser tenho certeza que já tem uma base do que venha a ser, não é?
Então, continuemos... Essa é a história de um casal que se encontrava todos os dias, no mesmo lugar. E, claro, eles tinham um motivo. Não, o lugar não era um lugar lindo, com uma paisagem espetacular, uma vista de tirar o fôlego, um lugar onde todos os casais poderiam se encontrar e ter uma linda tarde observando o pôr-do-sol. Era um beco, uma viela, uma rua escura, aonde ninguém ia. Sem graça, né? Mas esse casal se encontrava era nesse beco. E todos os dias. Na mesma hora.

Mas o leitor é esperto e percebe que boa coisa não pode ter nesse relacionamento, não é? Deve que os pais do tal casal não permitiam o tal relacionamento, talvez até permitissem, mas eles tinham medo de assumir o namoro e blá, blá, blá. Ou talvez... Talvez algum deles fosse casado! Nossa, as possibilidades são tantas! Mas, caro leitor, sinto muito desapontar se você estava pensando que um deles era casado ou que os pais do tal casal não permitissem o tal relacionamento. Olha, pra ser sincero, eu até acredito que eles permitiriam sim porque os pais deles eram super liberais, mente aberta e tal, tal, tal. E o mais importante é, caro leitor, que você sabe muito bem que esse tal casal não é um garoto e uma garota. Não sabia? Ah, desculpe... Mas então, eram dois garotos. Muito bobos, por sinal.
E eles morriam de medo de tudo. Da sociedade, dos pais, de perder os amigos. E isso tudo porque eles se consideravam diferentes. Eles eram aberrações, era o que eles mesmos pensavam. Triste, não? Mas um dia, naquela rotina de se encontrarem na ruela, eles foram pegos. E aí? Aí, meu caro leitor, que aconteceu o mais improvável. O cara que pegou os dois aos beijos não deu a mínima. Passou na rua, olhou, deu até um sorrisinho pra eles e foi embora assoviando. Os dois ficaram pasmos pois esperavam que, se um dia fossem pegos, fossem chamados de aberração, filhos do demônio e outros palavrões mais. O caso é que eles começaram a pensar em rotina... A rotina que ninguém vê. As coisas normais, e mesmo as anormais, que acontecem por aí. E as coisas que são normais e consideradas anormais que um dia não vão ser taxadas assim mais. E aí, pensando nisso tudo, eles chegaram a uma conclusão: eles não eram “diferentes” coisa nenhuma! Não diferentes entre parênteses, diferentes sem parênteses. Diferente do jeito que todo mundo é.
E aí, eles resolveram ser diferentes sem parênteses. Resolveram tirar os rótulos que eles mesmos se colocavam. Resultado final: os pais deles aceitaram numa boa, depois de um tempinho de brigas, como é normal em todo casal meio fora do padrão e não perderam amigo nenhum.
Esse é um caso, meu caro leitor. Confesso que pode haver outros bem diferentes. Mas, sabe, a moral será sempre a mesma. Uma coisa é considerada normal depois de feita repetidamente e diferente sem parênteses é bem melhor do que um já rotulado!

1 comentários:

  1. Depois que se valoriza cada palavra da Bíblia e procura praticá-la, que alguém pode dizer ''sou feliz''. Aliás, só a sabedoria dEle para mostrar o que é certo e errado. Não me baseio mais no mundo nem nas pessoas porque a maioria está enganada. Nunca fui lésbica. Não gostava de homem, e era atraída por garotas. Mas isso nunca foi eu. O lesbianismo estava dentro de mim, mas eu nunca fui lésbica. Deus tirou, e hoje entendo que eu não vivia até que O conheci. Eu nunca existi até o dia que me entreguei para Jesus. Portanto, eu mesma anulei todos os meus antigos conceitos sobre tudo, tuuudo que há no mundo, pois sinceramente, não era eu falando.

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