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5 de outubro de 2012

Rebeldia


Faço do que escrevo
Uma construção do meu sustento
E da minha identidade.
Permita-me um pouco menos de racionalidade
E deixe-me ser quem eu sou.

Faço da minha subjetividade
A minha essência.
Sei que sou da Geração Escada,
Sei também que sou da Geração Concorrente.
Mas eu não quero subir em nada,
Não quero provar ser melhor que ninguém.
Somos humanos ou máquinas?

Não serei objeto descartável,
De utilidade viável (ou inviável),
Prazo de validade
E garantia de qualidade.
Não, faço de mim uma constante bipolar
Nem a mim sei agradar.

Não serei preso a um destino pré-destinado,
O sistema não me fará de escravo.
Faço da poesia o meu trabalho,
Da humanidade o meu objetivo
E do mundo o meu suplício.

Fizeram de mim um ser humano
E o mundo tenta fazer de mim uma máquina.
Tentativa frustrada!
Faço manifesto com minha poesia,
Construo uma identidade de rebeldia
E não me entrego...


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