Faço do que escrevo
Uma construção do meu
sustento
E da minha
identidade.
Permita-me um pouco
menos de racionalidade
E deixe-me ser quem
eu sou.
Faço da minha
subjetividade
A minha essência.
Sei que sou da
Geração Escada,
Sei também que sou da
Geração Concorrente.
Mas eu não quero
subir em nada,
Não quero provar ser
melhor que ninguém.
Somos humanos ou
máquinas?
Não serei objeto
descartável,
De utilidade viável
(ou inviável),
Prazo de validade
E garantia de
qualidade.
Não, faço de mim uma
constante bipolar
Nem a mim sei
agradar.
Não serei preso a um
destino pré-destinado,
O sistema não me fará
de escravo.
Faço da poesia o meu
trabalho,
Da humanidade o meu
objetivo
E do mundo o meu
suplício.
Fizeram de mim um ser
humano
E o mundo tenta fazer
de mim uma máquina.
Tentativa frustrada!
Faço manifesto com
minha poesia,
Construo uma
identidade de rebeldia
E não me entrego...
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