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31 de dezembro de 2012

Um Novo Ano feliz para todos nós!


   

   Dizem que o que você está fazendo no momento em que o ano termina vai ser uma constante durante todo o ano que se inicia. Tenho de discordar... Mas, quando o ano termina, o universo te dá uma chance para que você possa terminá-lo da mesma maneira que você o iniciou. E então você pode mudar. Ou você pode começá-lo do mesmo jeito que começou o ano anterior. Mesmo assim tudo vai mudar. Alguns de seus amigos vão se mudar, outros vão mudar. E você vai perceber a diferença entre a mudança geográfica e a mudança psicológica. Você pode encontrar um novo amor, você pode perder o seu antigo amor. E você entenderá que ambos se tratam de libertação, o que muda é apenas a perspectiva. Você pode conseguir entrar em uma faculdade ou você pode não conseguir entrar. Pode ganhar ou perder o seu emprego. Pode ganhar ou perder um familiar querido. Alguém pode se tornar seu amigo e um velho amigo pode se tornar um novo inimigo. E, você pode argumentar, isso não acontece todos os anos? Sim. A vida te dá possibilidades, você faz as escolhas. Você faz as mesmas escolhas, aquilo que é mais seguro, aquilo que é conhecido. Você se apaixona pelos mesmos tipos de pessoas, você escolhe os mesmos tipos de amigos, você se candidata para o mesmo emprego, naquela empresa que mais se assemelha àquela do seu último emprego. Você continua tratando os seus pais do mesmo jeito e continua gostando dos mesmos tipos de filmes, livros e músicas. E, apesar do ano mudar, o emprego mudar, a pessoa que você ama mudar, os seus amigos mudarem, no final nada muda. Porque você não muda. E, por que você não muda? Por que eu não mudo? Por que nós não mudamos? Medo. O desconhecido é tenebroso demais.

   Então, nesse novo ano que se inicia, eu desejo que nós mudemos. Que tenhamos a ousadia de nos livrarmos de tudo aquilo que nos faz mal: amigos, emprego, namorados (as) e o medo. Escolhamos os amigos que nos ouçam e que nos apoiem, em vez de nos contentarmos com os insensíveis amigos das horas alegres. Aqueles também saberão alegrar, mas também sabem apoiar. Que possamos escolher o amor que nos deixa bem, mesmo que não agrade a quem não importa. Tiremos os nossos sonhos da gaveta, tão embolorados, empoeirados e rasgados que é preciso cuidado extra. Que tenhamos a ousadia de abandonar o seguro para tentar o desejado improvável. Pra arriscarmos e sermos felizes. Haverá choro, momentos em que tentaremos desistir e jogar tudo pro ar. Vamos querer voltar ao seguro, confortável. E então lembraremo-nos dos nossos momentos de pura alegria ao seguirmos os nossos sonhos, por mais loucos, por mais difíceis e por mais improváveis que pareçam. Lembraremos que seguir nossos desejos ao invés de tentar agradar os outros é muito gratificante. Nesse ano eu não desejo que a vida que nos dê novas oportunidades. Eu desejo que nós mudemos para escolhermos as oportunidades certas e sermos felizes. 


Presente - Por Pedro Pádua


Uma linda poesia que recebi do meu grande amigo:

  
O dia termina
A noite começa.
A vida passa a cada dia,
ou será que nós passamos por ela?

O vento bate
E a folha cai.
Novamente o vento sopra
E a folha se vai.

Perdemo-nos sonhando
E dias pensando
Em como realizar os sonhos da noite anterior

Dizem que um amigo é pra sempre
E que um filho também.
Não sou seu filho
Muito menos seu amigo.

Sou a chuva que molha a árvore da sua vida
Para folha que o vento derrubou nascer novamente.
Sou o sol que te ilumina.
Para realizar seus sonhos ao amanhecer.
Sou seu irmão mais velho.
E para entender esse sentimento,
Só virando o mundo de cabeça pra baixo.

 P.S: achei essa imagem a sua cara!
23 de dezembro de 2012

Sem inspiração



Começa assim:
O poeta perde o motivo de sua inspiração
E então... Perde-se também a canção
E suas poesias tornam-se pobres em rimas,
Menos sonoras tornam-se, também, as melodias.

No começo do fim, tudo se torna escuro
O mundo do poeta desaba em cada ínfimo segundo.
Ele pensa: “Não há razão pra se viver,
O melhor a se fazer é morrer!”

Poeta é cancioneiro,
Depósito de sentimento.
E a canção transborda por sobre o poeta
E o que ele não sente, ele exagera.
Poeta precisa transbordar no papel sua poesia
E assim, ele não exagera o que verdadeiramente sentia.

Termina assim:
O poeta escreva uma poesia
Transborda no papel toda a sua agonia,
E então ele vê, claro como água,
A inspiração onde é que se encontrava,
De onde ele tirava a sua canção:
Não do muso de sua inspiração, mas do infinito de seu coração!
22 de dezembro de 2012

Palavras traquinas


Brinco com as palavras
E elas me dão o poder de controlá-las.
Possuo intentos:
As palavras são meus instrumentos.
Trago palavras dentro de palavras,
Em meio a outras...
Palavras.
É meu intento espalhá-las.

Eu não quero deturpar,
Não é meu intuito bagunçar,
Nem criar intriga.
Faço troças infantis com minhas palavras amigas,
Crio frases traquinas,
Arranjo versos espertos.
Os temas é que são controversos.
A culpa não é nossa!

As palavras também são adultas
Quando estão limpas, lavadas e enxutas.
Comportadas, fingem seguir a moral
Não fazem bagunça.
Seguem a lei, a rotina,
E só são perversas quando é extinta a luz do dia.
No claro, são mulheres
No escuro, podem ser meninas.

Minhas palavras também podem ser adolescentes,
Aborrecidas, temperamentais e rebeldes.
Curtem o som de uma música,
Deliciam-se com uma poesia,
Matam e morrem por um amor.

Palavras fingidas,
Descomprometidas.
Plásticas,
Elásticas,
Vetor de minha arte
Adaptando-se ao que manda a minha vontade


20 de dezembro de 2012

Grande Ego


 Todo mundo sempre conhece alguém assim:




Quero os aplausos
E não disfarço.
Ode ao meu odiado ego,
Altar ao meu alter ego,
Não nego o que quero.

Se me amam ou se me odeiam,
Isso é de extrema importância.
A opinião alheia é tudo que interessa.
De alguns quero o louvor,
De outros desejo a inveja.

Troco os meus gostos,
Altero os meus desgostos,
Finjo que amo o que não aprovo,
Finjo que odeio o que me agrada
Pra agradar àqueles que odeio.

Tudo que quero
É não ser atormentado pelo meu superego,
Buscar o prazer de meu ID (iota!)
E ser amado.
Porém...

Odeiam-me pelos meus gostos,
Zombam-me pelos meus assuntos,
Crucificam-me pela futilidade,
Nunca sou,
Nunca fui amado
E é isso que cria o desejo pelos aplausos!