Brinco com as palavras
E elas me dão o poder de controlá-las.
Possuo intentos:
As palavras são meus instrumentos.
Trago palavras dentro de palavras,
Em meio a outras...
Palavras.
É meu intento espalhá-las.
Eu não quero deturpar,
Não é meu intuito bagunçar,
Nem criar intriga.
Faço troças infantis com minhas palavras amigas,
Crio frases traquinas,
Arranjo versos espertos.
Os temas é que são controversos.
A culpa não é nossa!
As palavras também são adultas
Quando estão limpas, lavadas e enxutas.
Comportadas, fingem seguir a moral
Não fazem bagunça.
Seguem a lei, a rotina,
E só são perversas quando é extinta a luz do dia.
No claro, são mulheres
No escuro, podem ser meninas.
Minhas palavras também podem ser adolescentes,
Aborrecidas, temperamentais e rebeldes.
Curtem o som de uma música,
Deliciam-se com uma poesia,
Matam e morrem por um amor.
Palavras fingidas,
Descomprometidas.
Plásticas,
Elásticas,
Vetor de minha arte
Adaptando-se ao que manda a minha vontade
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