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22 de agosto de 2011

Solteiro e feliz: é possível?

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É, “vamos beber porque amar tá foda”! É o que dizem meu caro. Mas sabe de uma coisa? O mundo criou uma necessidade descontrolada de se estar em um relacionamento amoroso. Solteirice virou sinônimo de solidão e as pessoas não querem ficar sozinhas e isso gera uma corrida para achar alguém trazendo tantas decepções, frustrações... Quantos namoros não começam por um medo desesperador da solidão?

O mundo aparenta estar respirando amor. Aparenta, leia bem! As telenovelas, propagandas comerciais e tantas outras coisas veiculadas aos meios de comunicação focam em relacionamentos amorosos, como se as pessoas tivessem uma necessidade de estarem namorando/casadas, etc. Mas se você é uma pessoa que lê os jornais sabe que, mesmo com essa promoção da necessidade de um relacionamento amoroso, o amor não é prioridade na atualidade. A violência cresce cada vez mais. Vivemos em um mundo competitivo, onde devemos superar o outro, onde devemos invejar/admirar as pessoas que estão “acima” de nós e tomar cuidado com a inveja das que estão “abaixo”. Vivemos em um mundo em que uma pessoa que empurra a outra é menos observada do que uma que acolhe, uma que dá a mão para aquela que está no chão. Disso, também, pode advir a necessidade de um relacionamento. Precisamos de alguém para seguir conosco essa estrada onde não podemos pensar no outro, onde temos que superar o outro. Mas, convenhamos, o namoro é uma atividade bastante lucrativa para o mundo comercial e esse mundo gosta de propagandear as coisas que são lucrativas para ele.
O pior é quando esse medo da solidão gera decepções. Por medo de ficarem “encalhadas”, ou até mesmo por medo de permanecerem solteiras, as pessoas acabam entrando em relacionamentos que desde o início já estão fadados a um final infeliz.
Precisamos acabar com esse medo da solidão. Precisamos aprender a lidarmos com nós mesmos, a gostarmos de nós mesmos. Com isso não quero dizer que devemos nos fechar ao amor. Não, ao contrário! Quando cultivamos um amor por nós mesmos nossos relacionamentos se tornam mais produtivos, pois sabemos nossos limites e, o principal, sabemos nos respeitar e não exigimos o amor de ninguém pois já temos o amor-próprio. O mundo precisa de amor (e como!), mas não podemos viver em uma necessidade constante de estarmos engajados em um relacionamento amoroso.

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