Vou escrever meus versos na realidade,
Vou conjugar meus verbos no dia-a-dia.
Serei eu mesmo, nu no concreto,
Falarei de amor nas ruas da cidade,
Unirei os casais num gesto de fraternidade.
Serei um poeta de verdade!
Inicio uma nova era,
A era do compartilhar!
Deixo de lado meu egoísmo,
Carrego meu irmão nos braços
E picho os muros da metrópole cosmopolita:
“Compartilhar é a minha nova poesia”.
Acolho as palavras que não foram aceitas,
Construo frases com os verbos rejeitados,
Abrigo em meus versos a realidade das palavras “feias”
E construo uma nova canção.
Não são necessárias as rimas constantes
Ou a simetria de um soneto
Eu também compartilho o que é tido como feio
Eu não rejeito,
Compartilhar é o que cantam as minhas poesias
E aceitação é o que você pode ler nessas linhas oblíquas.