Claro, claro. Eu sei que existem melhorias. Alguém disse que não? Mas estaremos sendo muuuito otimistas ao falar que esse é um problema quase resolvido. Não estamos nem na metade de resolvê-lo. É difícil tirar algo da cultura. Olhe o caso do racismo...
Há quem diga que o racismo foi extinto, mas isso é uma mentira. Ser racista é fora de moda, é crime, é feio. Mas repare bem em certas brigas de alguém branco com alguém negro. É um tal de chamar o outro de preto, neguinho não-sei-o-quê e outros apelidos mais. Isso acontece nas melhores famílias, como a sinalizar que o racismo ainda tá aí, escondido embaixo da mesa, varrido pra debaixo do tapete, mas ainda aí. Talvez um dia isso ocorra com a homofobia. Talvez um dia ela seja varrida pra debaixo do tapete. Talvez um dia possamos andar na rua com nossos namorados, sermos realmente livres. Talvez um dia muitos homossexuais possam sair dos seus guetos e viver (e ser encarados) como pessoas normais, como todas as outras (sim, eu sei que muitos deles não querem, que adoram ser diferentes), sem precisar rotular todos os lugares que vão e todas as coisas que fazem com o adesivo GAY para se sentirem seguros e protegidos.
Mas esse TALVEZ torna tudo isso uma utopia. O mundo se firma em diferenças e diferença acaba sendo sinônimo de que um sempre é o melhor que o outro. O mundo não trabalha com relatividade, com igualdade. Que eu não seja tido como pessimista e sim como realista, afinal só estou escrevendo sobre o que eu vejo.
0 comentários:
Postar um comentário