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22 de junho de 2012

Eu, meu coração e minha história

Eis aqui um relato lírico de um amigo. Ontem mesmo estávamos refletindo sobre a dramaticidade do mesmo. Mas veio algo na minha cabeça durante este debate: há como transmitir os sentimentos sem ser dramático? Há como ser poeta sem exagerar o sentimento, sem pintar das cores todas um acontecimento corriqueiro, uma dorzinha à toa, um sentimento qualquer? Poesia é o detalhe cinza que se expande em cores berrantes. Fazer poesia é fácil, mas sentir a poesia, meu caro...



Durante esses anos me mantive na escuridão. 
Me ajoelhei diante dos problemas e me tomei pelo pavor. 
Fui alvo de críticas, nos assuntos desastrosos fui o centro das atenções. 
Me arrependo por não ter tido sangue nas veias.
 
Estou diante de vários espelhos e vejo em cada um meu rosto de maneiras distintas. 
Vejo o santinho, o comportado. 
Me admiro com o brilhante e inteligente. 
Surpreendo com o intelectual. 
Nestes espelhos eu me assusto com os "eu-fantasmas". 
Fico indignado com o vilão que tenho dentro de mim.
 
Eu fico pensando, se eu quebrasse esses espelhos e procurar a saída desse labirinto? 
Se eu fingisse que estou bem, mesmo estando perdidamente confuso? 
Talvez assim eu consiga viver.
Mas pensei melhor. 
Vou pegar cada pedacinho desses espelhos. 
Vou ser o garoto humilde, esperto e até mesmo o crápola. 
Eu sou o personagem da minha própria história, e nela somente eu existo, só eu faço ela acontecer.
 
Estou vivendo desafios e provações. 
Vou ser forte e destemido e vencerei! 
Perguntas virão
Minha vida é assim e pode melhorar a partir de mim mesmo. 
Se chorei, se fracassei, tudo bem. 
Se sorri, se consegui, o importante está aí! 
E então caro Matheus Aparecido Silva, vamos viver pra valer? 
A saída desse labirinto está dentro de você!

Dentro de nós há esse espelho e nós não somos apenas um. Somos múltiplos "eus", somos múltiplos arquétipos, só não podemos tornarmo-nos múltiplos RÓTULOS, pois não somos garrafas. Somos seres humanos, com vários talentos, vários sentimentos, vários humores e, somente a totalidade desses, fazem de nós seres únicos: nós mesmos!

P.S: Aos amantes da astrologia de plantão gostaria de esclarecer que talvez o exagero seja realmente uma característica desse nosso poeta Matheus Aparecido Silva. Ele tem a configuração astral do nosso querido Cazuza. Ariano com ascendente em Sagitário. E, como diz a música, "exagera, jogado aos seus pés, eu sou mesmo exagerado!"

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