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10 de novembro de 2012

Matéria prima


Com sofrimento, escrevo desesperadamente
Que é pra que a poesia seja sofrida,
E que a minha dor seja sentida,
Do jeitinho que saiu.

Escrevo como quem quer parir,
Como quem quer se livrar da agonia.
Mas eu seguro o que quer sair,
Que é pra que eu guie e crie a poesia.

Não que eu sofra ou coisa assim
Escrevo mais do exagero do que penso sentir
Mas é que não posso deixar ir embora
Tudo aquilo que me toca
Pois, tudo aquilo que me toca
É matéria-prima.

Escrevo por sentir,
Pra fazer sentir.
Escrevo tudo sobre mim
E por ser eu não significa que seja particular
Tudo que eu senti,
Algum outro pode sentir.
Escrevo para espalhar!


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