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11 de fevereiro de 2013

Ser




Escrevo para saber quem sou
Quem sou eu?
Quem eu sou?
Não sou o resultado de toda a dor,
Tampouco foi o mundo que me moldou.
Eu sou quem sou
Antes de chegar onde estou.

A minha essência não pode ser perdida
Mesmo que, quando potência, gere dúvida.
Quem sou eu?
Minha aparência não o diz,
Minhas ações não respondem
O meu eu interior o eu externo o esconde.

O que sou ainda está pra ser escrito,
É o que se repete a cada minuto
Pois quem eu sou é eterno.
O que sou é o que eu escrevo,
Circunscrevo, prescrevo.
Sou aquilo que descrevo e o que não revelo.
E, mesmo operante, quem eu sou é um mistério.

Não sou a forma,
E tampouco sou o conteúdo.
Quem eu sou não é preso
E nem prende nada que há nesse mundo.
As vicissitudes daqui não me alteram
E meus pecados não me definem.
Quem sou eu?
Algo que não se explica
Sou a pergunta sem resposta de qualquer enigma. 


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