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21 de novembro de 2011

Auréola - Halo



Lembra daquelas paredes que construí
Bem elas estão desmoronando

Elas nem tentaram ficar em pé

Nem fizeram um som
Eu achei um jeito de deixá-lo entrar
Mas eu nunca tive dúvida
Sob a luz de sua auréola
Eu tenho meu anjo agora

É como se eu estivesse despertando
Todas as regras que eu tinha você está quebrando
É o risco que eu estou correndo
Eu nunca vou te calar

Encontros do corpo


Às vezes verifico se alguém vale a pena
Por um aperto de mão
Quando a minha mão se encontra com a outra procuro força
Minha mão busca carinho
E alento
Sinto-me satisfeito quando as duas se unem com força
Para andar juntos ao vento

Mas os lábios ainda traduzem tudo
Juntos
Em um beijo não há quem beija e é beijado
Há quem domina e é dominado
Pelo toque dos lábios


Gosto de ser beijado encostado
Pois todo o meu corpo não agüenta todo o domínio
E eu me entrego
Quase me deito dentro de um beijo
E me acalmo
Importante também é o abraço!

O abraço tem que transmitir carinho
Mas tem que haver vigor
Tem que ser forte e protetor
Sou carente
Preciso apenas que me abracem ou que me joguem, mas que me levem para o ninho de amor...

15 de novembro de 2011

Elemento Água: Câncer, Escorpião e Peixes

Sou tri-polar e não tenho vontade nenhuma de tomar medicamentos para ser considerada normal. Não quero que a vida doa menos. Sou do tempo em que os temperamentais eram os artistas, insuportáveis e insuperáveis em seus processos de criação.

Os temperamentais do Zodíaco pertencem ao elemento água. Câncer, Escorpião e Peixes, rios caudalosos, cachoeiras, tempestades, mar revolto, lagoa, oceano profundo.

E por isto, são bi ou tri-polares, gênesis, apocalipse, morte, renascimento, Lua Nova, Lua Negra, mistérios, medos, suspeitas e surpresas.

São muitos os tipos de Peixes, Escorpião e Câncer. Dentro de um mapa astral, se o Sol em Peixes se combina com Mercúrio e Vênus em Aquário, pode gerar um tipo visionário, dilacerado, dionisíaco.

13 de novembro de 2011

Sonho de Adolescente - Teenage Dream



Você me acha bonita sem maquiagem
Você me acha engraçada quando eu conto uma piada errada
Eu sei que você me entende, então eu me solto
Antes de você me conhecer eu estava bem, mas
A coisa ficou pesada, você me trouxe à vida
Agora todo Fevereiro você sempre será o meu namorado, namorado

Nossos poucos momentos



Sol...
O mar vem e volta, vem e volta...
Pegadas na areia
Em direção a um garoto
Moreno, alto e sorridente

Esperei tanto por esse momento
Não sinto meus pés, eles agora têm vida própria
E correm para você
Meus braços se abrem e o vento passa, correndo, entre mim e você
E então finalmente te sinto
Quente, forte, apaixonado...
11 de novembro de 2011

11 de novembro de 2011


11 de novembro de 2011: 11/11/11. Uma dessas datas históricas em que o número se repete no dia, no mês e no ano. Numerologicamente falando, o número 11 é o número do místico, da alma, do mestre. E três vezes o número 11? Humm.. O número três é o número da comunicação, da abertura ao conhecimento. Será que três vezes o número 11 é a comunicação através da alma? Ah, não sei muito sobre numerologia então acho melhor não arriscar e, além do mais, o assunto (ou melhor, a pessoa) o qual venho homenagear através desse tem por número da alma o 9 e não o 11.

8 de novembro de 2011

Contra o mundo


Eu sufoco os meus gritos dentro dos meus silêncios. Às vezes eu os sufoco dentro dos meus sorrisos. Tenho certeza que todos se assustariam ao ouvir o meu grito sufocado; o seu vigor é desproporcional à minha aparência. Eu seguro todas as obscenidades e palavrões em minha mente. A ética e a educação são leis ditatoriais inatas do meu ser e, me diz, como desobedecer a uma ditadura sem sofrer duras penas? Eu sou escravo da reputação, sou escravo da imagem social. Vivo me preocupando tanto... E ainda estou tentando reparar os erros das vezes em que joguei tudo para o ar. Sou um escravo da sociedade que me reprime.
7 de novembro de 2011

Esoterismo



Tudo interligado
Futuro, presente e passado
E agora que tenho a certeza
É fácil ver com clareza.

Todas as vezes que errei
Todas as lágrimas que derramei
Todas as vezes em que cai
Eu me levantei
Ainda estou aqui!

O amor todo que eu me dei,
Os sonhos todos que sonhei,
As vidas todas que vivi,
O mapa astral que eu escolhi,
Está tudo aqui
Dentro de mim.

E esse esoterismo em que vivo
É macia almofada
Não me oferece perigo
Só a certeza da calma de minh’alma.

Alma aprendiz.
Sede de ser feliz.
E se eu não tivesse errado
Não haveria passado
E se os erros não fossem vividos
Não haveria futuro promissor:
Na lacuna do aprendizado haveria apenas um vazio.

Luas, sóis e planetas
Esoterismo,
Almas, espíritos, ocultismo...
Sobre a luz de tudo isso
Não há acasos
Tudo interligado
Mesmo um caso mínimo.
Ouça o que eu digo!
6 de novembro de 2011

Bom Abandono




Você abandonado por aí
E eu aqui à espera de alguém
Sorte ou destino?
Não entendo como você estava sozinho
Você, que é todo um brilho
Você, que é uma estrela

Eu gostei de ti quando te vi sorrir
Mas gostei mais quando te vi chorar
Quando chorou por mim comecei a te amar

E vejo agora que foi sorte o seu abandono
Mas foi destino o nosso encontro
Só eu consegui enxergar o seu interior
Só eu fui por ti escolhido para te dar amor
Para receber o seu amor
3 de novembro de 2011

Lua adversa



Cecília Meireles 


Tenho fases, como a lua
Fases de andar escondida,

fases de vir para a rua...

Perdição da minha vida!

Perdição da vida minha!

Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha


Fases que vão e que vêm,

no secreto calendário

que um astrólogo arbitrário

inventou para meu uso.


E roda a melancolia

seu interminável fuso!

Não me encontro com ninguém 

(tenho fases, como a lua...)

No dia de alguém ser meu

não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu...


Cecília Meireles 

Superficial

Estou indo contra a correnteza, pois enquanto muitos buscam o superficial só me encantam as coisas mais profundas...


2 de novembro de 2011

Minha força interior



Venho de uma linhagem do feminino forte
E as mulheres da minha família são mais fortes do que a morte
E a enfrentam com porte suntuoso.
Talvez por isso a morte não as leve,
Levando apenas seus maridos, por vezes seus filhos
E as mortes dos mesmos as tornam mais corajosas.
Meu masculino tem orgulho da linhagem do meu feminino.

As mulheres da minha família
São rochedos!
E seu garbo no porte afasta os teus medos, os meus medos...
Talvez não assumam os viris maridos
Mas é bem mais forte o lado feminino.
E vejo os homens já tão fracos
Sem o suporte de suas mulheres.
Mas o que é de nós homens sem as mulheres?

Ódio



“Mas onde, onde encontrar o animal que lhe ensinasse a ler o seu próprio ódio? O ódio que lhe pertencia por direito mas que em dor ela não alcançava? Onde aprender a odiar para não morrer de amor? E com quem?” 
- Clarice Lispector