Hoje, dia 12 de agosto de 2012, é dia dos Pais. Sei que não estou contando nenhuma novidade, mas hoje gostaria de fazer uma homenagem para aqueles que, muita das vezes, são desconsiderados. Pai é aquela figura meio à margem, alguns não assumem a paternidade, outros não dão carinho, outros moram longe, muito longe dos filhos. Mas também há quem tenha somente o pai, assim como quem tem somente a mãe. Há quem tenha a sorte de ter um pai presente, que ouve, escuta, aconselha e abraça. No fundo (para alguns, bem lá no fundo mesmo) é o que todos nós queremos: um pais que nos abrace, assim como nos filmes.
Mas, nem sempre é o que acontece. Eu ouço falarem mais de pais ausentes do que de pais presentes. Então aqueles que tem um pai presente, façam o favor de o abraçar nessa data especial. Um abraço apertado, daqueles que ele sempre te deu nos momentos de alegria e nos momentos de tristeza. Aquele abraço que todos que têm pais ausentes sempre quiseram dar e receber. Saiba que é um privilégio ter um pai que te acolhe, que te escuta e que demonstra que te ama...
Para todos os que sobraram, os filhos dos pais ausentes (que não são poucos) eu gostaria de deixar uma mensagem. Eu estou aqui falando por eles. Vamos tentar, por alguns minutos, se colocar no lugar dos "pais ausentes". Ele é o homem silencioso da casa. Trabalha bastante, muitas vezes chega cansado do trabalho e tudo que quer é comer a sua comida e dormir. Às vezes chega alegre, faz gracinhas pra você e te dá uma grana legal. Ele nunca chegou pra você perguntando dos seus problemas, mas sempre exige que você tire boas notas, que se comporte na escola, se não "você leva uma surra, menino!". Quando as coisas estão mal ele sente e você vê isso. Mas ele é um rochedo, uma muralha e, muitas vezes, ele não derrama uma lágrima. Levanta e vai trabalhar. Esse é, muitas das vezes, o pai ausente. Mas ele não teve a mesma educação que a gente. No tempo dele não tinha nada disso de computador, internet e "Parada Gay" rs. Alguns tentam desesperadamente não ficar para trás. Ele compra um computador pra você, batalha pra te dar uma televisão de 42 polegadas, aquela linda que você viu na TV. Às vezes você o pega batalhando pra fazer o DVD funcionar e fica impaciente, acha ele um burro e fica o comparando com o pai dos seus outros amigos, que sabem mexer com todas essas "modernidades", como ele costuma falar. Esse é o pai de muitos. Ele cresceu num ambiente onde "homem não chora" e ele deixa pra nossa mãe o trabalho de cuidar do nosso emocional porque o emocional dele, muita das vezes, nem foi cuidado. Ele teve de aguentar tudo sozinho. A forma dele demonstrar amor é levantando cedo todos os dias para ir trabalhar, trazer comida e as "modernidades" para nós, os filhos ingratos. Só porque uma pessoa não nos ama do jeito que nós queremos não quer dizer que ela não nos ama. Temos que parar de pensar somente em nós mesmos. Nós somos de outra época, outra geração e nossos pais ainda estão tentando se acostumar. Que tal pegarmos um pouco mais leve?
Para aqueles em que o pai é ou está realmente ausente em sua vida... Resta-nos o amor de quem nos acolheu. Esses são os nossos verdadeiros pais. Vamos amar o que nos foi dado em vez de achar que sempre a grama do vizinho é mais verde que a nossa!
12 de agosto de 2012
0 comentários:
Postar um comentário