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31 de outubro de 2011

Bem-vindo ao meu teatro



Mais um dia se inicia
E com ele a minha sina
O palco já está armado
Meu papel já decorado
Bem vindo ao meu teatro!

O personagem não permite erros
Não há sentimentos
Devo apenas seguir os modelos
Já prontos, feitos
Refeitos
E já enraizados,
Prontos para o espetáculo
29 de outubro de 2011

Faça a diferença


Eu poderia ser apenas mais um cara nesse mundo, mas eu não quis. Eu faço a diferença mas não sou diferente. Não há diferença em mim, aliás. A diferença está apenas nos olhos de quem vê, nos ouvidos de quem escuta e na boca de quem fala. Mas eu mesmo não sou diferente: eu não fujo da minha essência. E a minha essência é singular. O que eu não gosto, não gosto e pronto. Ninguém me faz mudar. E o que eu acho errado é do meu feitio condenar. Mas é do meu feitio estabelecer laços emocionais de uma profundidade imensa. E é do meu feitio se preocupar, cuidar, amar, sentir. Às vezes condenam algumas características intrínsecas da minha personalidade única (e há alguma personalidade que não seja singular?). A diferença está apenas no que o outro diferencia. Eu mesmo faço apenas a diferença dentro da minha igualdade.


27 de outubro de 2011

Melhorando o meu pior


Eu já estive pior... 
Mas o meu atual melhor
Não é nada bom
 Mas tenho esperanças
Eu já estive pior
E ao lembrá-lo vejo que não estou regredindo
Mesmo que em passos pequenos estou seguindo
 Eu já fugi
 De mim mesmo, da minha casa
 Achei-me não digno da minha vida
 Sim, eu já estive pior
 E essa constatação é o que move meus passos
 Eu não me amava
E não tinha ninguém
Eu já estive pior à procura de alguém
Eu estou melhor, enfim
Eu estou melhor dentro da pior parte que deve ser melhorada em mim!

Liberdade



“Um homem sem vocação deveria ao menos ter a vantagem de ser livre”, divagou Martim absorto. Mas todos o chamavam a exercer um mister. E a verdade é que, ao sol, ele estava tão definitivamente emaranhado quanto o fora antes; em qualquer lugar onde um homem pisava, instalava-se uma cidade, só faltavam os bondes e os cinemas... “

                                                                                       
                                                                                   Clarice Lispector
26 de outubro de 2011

Pedaços de mim



Tudo que sei sobre mim foi o que me disseram, foi o que eu li. Junto pedaços de mim por aí, em cada pessoa que passa em mim. Mas disseram-me que não são muitos os que conseguem passar dentro de mim. Ou talvez eu tenha lido em algum lugar que, mesmo rodeado, sou pessoa de poucos amigos. E há, em algum lugar, uma canção que de mim diz muito e, disseram-me, que todas as suas frases carregam pedaços de mim. E ela canta sobre a solidão. Então não seja tão pretensioso; no final será apenas eu, acompanhado de mim mesmo. Não tenho medo da solidão. Tenho medo apenas da confusão do choque entre a minha alma com outras almas quaisquer. Foi o que me disseram e, sendo assim, é o que eu sei de mim.
23 de outubro de 2011

Canções da minha vida


Como já dito pela minha amiga Paulinha, toda música lembra alguém. Concordo e acrescento que toda música pode também lembrar algum momento. Aliás, algumas lembram momentos, outras lembram pessoas. E eu tenho músicas para todas as situações.
Impossível não me lembrar dos meus bons tempos de academia ao ouvir Piece Of Me ou Break The Ice, da Britney Spears. Como sempre diz a minha falsa namorada Lucrécia, a voz sexy da Britney é inconfundível! E eu, que não sou muito de curtir um pagode ou samba, não posso deixar de sentir uma saudade enorme dessa minha falsa namorada ao ouvir a música A Amizade É Tudo, do Jeito Moleque. Nossa música não é mesmo, minha morena? É dar sem esperar/ Nada em troca dessa união/ É ter alguém pra contar/ Na indecisão...
21 de outubro de 2011

Invencível



Amanhã é um novo dia
Continua a luta da morte com a vida
Essa luta diária
Controlada pelo tempo, criando rotinas

Se passou mais um segundo
E outro,
E outro...
Não matei o que deveria ser morto
E, no desperdício de cada segundo, escrevo errado o passado

Na minha luta contra o amor
Já perdi muitas batalhas
Meus amigos e aliados fogem para o seu lado
E vou estando... Abandonado!

O que não entendo é essa lógica irracional do amor!
Ele já me mostrou sua verdadeira face!

Já senti na pele a faca cortante do amor.
Vi no espelho meu rosto salgado por água!
O amor quis dividir minha alma

O Cupido satânico do amor errou na flechada
Pois o objeto do meu amor não a quis.

Eu não me importaria com sangue
Tudo que eu queria era minha alma de volta
Ser completo
Sem outra alma por perto

Mas cada segundo passado é outra derrota
O amor se aproxima e tira minhas máscaras
Como quem não oferece perigo
Ele vem se aproximando

Talvez ele não seja meu inimigo
Talvez eu mate o amor o amando!
19 de outubro de 2011

Meu lobo



Eu espero secretamente que você me devore...
E que nada sobre
Espero que venha como um lobo cauteloso
À espera do almoço
Calado, mas guloso
E eu vou te satisfazer
Você irá me comer rezando
Pois vou ser uma comida bem feita
E o pecado da gula irá
Entrando em suas veias


18 de outubro de 2011

Uma questão de precisar


Não quero ser romântico agora
Mas irá achar um pouco de amor nesses versos rasgados
Porque eu quero a sua pele!
Não só ela... Vou precisar de você inteiro
Vou precisar das suas palavras, sempre a me acalmar, sempre a me ajudar
Preciso do seu sangue
Que morra por mim se preciso for
Se quiser te mato de amor
Mas não se esqueça que você será apenas a minha coluna, só preciso de você para chutar o mundo
Poucos resistirão ao chute


17 de outubro de 2011

Tristeza concreta




Quem disse que a tristeza é algo abstrato?
Quem será que duvidou que a tristeza é concreta?
Uma coisa eu sei
Não era poeta!
Algum insensível, talvez
Que nunca tenha perdido alguém que um bem lhe fez.

Quem disse que a tristeza é abstrata
Com toda a certeza não ficava triste com nada
Mas também deve que não era otimista
Pois abstrata também não é a alegria.


16 de outubro de 2011

Coisas nossas


Muito pequenino o menino
Menino pequenino muito grande
Quando monta o cavalo e avoa
Avoado menino-passarinho!
Pássaro cavalo-voador, leva o menino?

Menino e moço, moço-menino
Dois ou um?
Moço monta o cavalo
Menino de carona no rabo
Juntos voam pro alto
E o céu? Céu azul enfim!
Moço-menino e menino-moço
Cuidam um do outro
Dando ao cavalo trotante capim.





E as bactérias no rabo do cavalo
Fazem moço e menino sorrir.
Coisas nossas, só nossas,
Espalhadas aqui e ali...

O fim do dia se inicia
O pequenino menino se entristece
Enquanto o moço é um sorriso de alegria.
A separação não é o fim!
Cavalo alado, moço-menino e menino-moço são livres
E livres estão pra voar um outro dia
E criar mais coisas só deles,
Coisas de não-rotina.

13 de outubro de 2011

Espontaneidade

Tão lindas, tão educadas e tão charmosas mas, no final da noite, já tão loucas, tão desbocadas e tão oferecidas por causa dos variados copos e tipos de bebidas. Será quando que o absurdo dessa frase vai ser devidamente “absurdado” novamente?







Por um mundo com mais charme, espontaneidade e MENOS bebida!


















Desnudando-me



Antes de tudo gostaria de dizer que sou dramático. Digamos que eu queira começar meu texto com um pequeno manual de instruções de como lê-lo e interpretá-lo. E, como eu ia dizendo, sou dramático. Minha linguagem é construída em tons berrantes, visíveis e espalhafatosos. E o quadro que minha escrita pinta é um borrado nítido de lágrimas extremamente carregadas de uma tristeza magnética ou de um sorriso carregado de uma alegria que contagia o espectador-leitor. Agora consegue vislumbrar o que eu digo? Posso parecer frio, mas tudo que eu escrevo revela bem tudo que eu sinto interiormente. Leia como se estivesse tentando entender todas as tonalidades e contrastes de uma pintura bem feita.

12 de outubro de 2011

Lixo poético de um amigo feliz

Lixo uma pinoia tá, Pedro? E, para agradecer e homenageá-lo, estou aqui postando o seu lindo poema. Obrigado por tudo! E acho que não vale me acusar de frio, né? Rs


Tu és pra mim
Como Sol é para os terráqueos
Como a Lua é para São Jorge
Como o vento sopra na direção norte
Tá, eu sei que isto é um lixo
Um lixo em forma de poesia
Versos toscos e podres


Como uma água de esgoto na baia fria
Ah, quer saber?
Vou logo falando, gosto muito de você
Não sei o que seria da minha vida
Da minha existência
Ou das porcarias que eu escrevo
Se não fosse um amigo
Que junto comigo
Sorri
É feliz e se diverte
Sei que você deve estar se perguntando
O quê é esta droga que este doido me mandou?
Para falar a verdade
Eu também não sei
Mas quer saber
Se o que vale é a intenção
Só queria te dizer
Que te amo de montão

Tem dias...




Tem dias que descubro que te amar não é tão simples mas também não tão complicado, aparentemente certo e ligeiramente errado.

                                  (De um grande amigo meu)
9 de outubro de 2011

Ensina-me a dizer não

Hoje escrevi demais
E não me cansei...
Hoje segui o meu caminho sem me importar com tuas cobranças
E, veja só, eu não chorei!
Quem sabe minha vida seja isso
Não ter tantos compromissos contigo
Só comigo.

Hoje, sem seu abraço,
Eu vi que o céu é azul.
Hoje sem seu sorriso diante do meu “sim”
Eu vi que tenho o cabelo castanho claro.
Sem seu peso
Eu voei.

Fico me imaginando firme,
A te dizer que você está me fazendo mal...
Mas não consigo
Sou tão covarde
E para não ter de dizer “não”
Sabe o que eu faço?
De você eu me afasto...

Por favor, não me cobre nada...
E, ao se despedir,
Apenas sorria.
Não combine o que iremos fazer no outro dia.

Por favor,
Deixe-me um pouco mais leve sem o seu peso
Sem seu peso eu voo alto,
Sem seu peso sou gavião.
E, se assim não quiser,
Ensina-me a dizer não!

Já sei namorar

Já sei namorar
Já sei beijar de língua
Agora só me resta sonhar
Já sei aonde ir
Já sei onde ficar
Agora só me falta sair
Não tenho paciência pra televisão
Eu não sou audiência para a solidão
Eu sou de ninguém
Eu sou de todo mundo e
Todo mundo me quer bem
Eu sou de ninguém
Eu sou de todo mundo e
Todo mundo é meu também
Já sei namorar
Já sei chutar a bola
Agora só me falta ganhar
Não tem um juíz
Se você quer a vida em jogo
Eu quero é ser feliz
Não tenho paciência pra televisão
Eu não sou audiência para solidão
Eu sou de ninguém
Eu sou de todo mundo e
Todo mundo me quer bem
Eu sou de ninguém
Eu sou de todo mundo e
Todo mundo é meu também
Tô te querendo
Como ninguém
Tô te querendo
Como Deus quiser
Tô te querendo
Como eu te quero
Tô te querendo
Como se quer

felicidade
7 de outubro de 2011

General ou O Filho do Deus da Guerra


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Estou aqui para lutar!
Quero gritos, quero espadas, quero sangue a derramar
Quero força!
Estou aqui para lutar e guerrear!
Estou aqui para lutar e não perder!
Estou aqui para vencer!


Não é difícil esquecer a luta
O fácil é fraquejar e cair.
Então não caia, soldado!
Nem chegue muito perto do chão
Não se ajoelhe, soldado!
Volte à luta!
Agora!

O meu campo de batalha é extenso
E o tempo da batalha não me foi definido
Luto desde menino
E agora, ainda tão jovem, me vi aos poucos caindo!
Levante-se general, AGORA!
E comande o seu exército
Que anda sem harmonia, quase em discórdia!
Levante-se general... É o que eu grito
Não suplico, pois estou aqui para lutar.
Não é permitido suplicar,
Nem cair.
Só vencer sem fraquejar.

E, sendo eu um General,
Tenho guardado dentro de mim a força do Deus da Guerra
Vou com ela!
Recarregue as energias, General
E vamos à guerra!

Caindo assim por tão pouco
Você chega a me dar desgosto!
Tire sangue, queime montanhas e derrube espadas
No final não haverá mais Nada, General!
Não haverá mais nada no Final, General!
E a luta estará finalizada...

No campo de batalha não sobrará nada, General
Consegue enxergar?
Só o sangue dos Inimigos
As cinzas das Montanhas Desafios
E as espadas no chão...
De quem serão?
Não se lembra, General?
Essas espadas foram do já derrotado Mal!

Vamos lutar, General!
Use seu talento para vencer o Mal
Não desanime!
Como pode um Filho do Deus da Guerra
Temer essa Guerra dentro da Vida?

Volto enfim refeito, meu soldado!
Esqueço o meu passado
E ergo a minha espada!
Estou aqui para lutar!
Quero gritos, quero espadas, quero sangue a derramar
Quero força!
Estou aqui para lutar e guerrear!
Estou aqui para lutar e não perder!
Estou aqui para vencer!
6 de outubro de 2011

Preguiça

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Quem diz que preguiça é ruim, que é pecado capital, é porque não sabe usar a preguiça como ela deve ser usada. Preguiça pode até ser bom! Preguiça pode evitar situações que desgastam a sua tão preciosa (e, para alguns, meio difícil de ser conseguida) saúde. Preguiça pode fazer você deixar de querer ir naquele lugar onde você sabe que só vai gente que não presta. Preguiça pode te proteger de cantadas mal-feitas, cafajeste e programas mal-planejados. Preguiça faz você fugir de briga, confusão. Preguiça te protege até de mau-olhado afinal, se você tem preguiça e não sai de casa, quem é que vai ficar te olhando mal?

Atualmente estou numa preguiça... A minha preguiça é daquela das boas, sabe. Uma preguiça de brigar. Ah, deixa pra lá. Se a situação piorar a gente manda aquela pessoa chata ir tomar banho naquele lugar. É, lá na China, sabe... Preguiça de gente que não sabe pra onde vai. E, pensando bem, como é que se acompanha alguém que não sabe para onde quer ir? Preguiça de levantar, preguiça de parar de ouvir a minha música... Ah, tá tão bom! Preguiça até de namorar... Paquerar, não. Paquerar é bom, mas quando começa a cobrança... Quando começa a querer botar gaiola nas minhas asinhas de águia... Ai, ai. Que preguiça que me dá! A preguiça te protege até da situação mais chata do mundo, que é passar pela crítica daquela ou daquele amigo “mala”. Você pensa: “Devo sair? Ah, mas se sair vou me encontrar com aquele ali que só abre a boca pra julgar a minha vida e a dos outros. Aaaai, que preguiça boa!”
Mas a preguiça pior vocês nem sabem qual é. É preguiça de conversar. É, isso aí. Pode me chamar de um baita preguiçoso, mas pensa aqui comigo. Tem hora que a gente fala, o povo entende errado e já vem arrumando briga. Ai, meu Deus, que preguiça! E quando a gente fala e não entendem nada? Que preguiça, meu Deus! Tem hora que a gente fala e pensam outras coisas. É culpa desse nosso português cheio de palavras ambíguas, cheio de duplos sentidos.
Por isso agora fico mais no meu canto, sem falar nada. E o pior... Até quando faço isso acontece coisa ruim. Duvida? Pois se agora mesmo me xingaram de calado!
3 de outubro de 2011

Espiritualidade

"Quero fazer os poemas das coisas materiais,
pois imagino que esses hão de ser
os poemas mais espirituais.
E farei os poemas do meu corpo
E do que há de mortal.
Pois acredito que eles me trarão
Os poemas da alma e da imortalidade."
E à raça humana eu digo:
-Não seja curiosa a respeito de Deus,
pois eu sou curioso sobre todas as coisas
e não sou curioso a respeito de Deus.
Não há palavra capaz de dizer
Quanto eu me sinto em paz
Perante Deus e a morte.
Escuto e vejo Deus em todos os objetos,
Embora de Deus mesmo eu não entenda
Nem um pouquinho...
Ora, quem acha que um milagre alguma coisa demais?
Por mim, de nada sei que não sejam milagres...
Cada momento de luz ou de treva
É para mim um milagre,
Milagre cada polegada cúbica de espaço,
Cada metro quadrado de superfície
Da terra está cheio de milagres
E cada pedaço do seu interior
Está apinhado de milagres.
O mar é para mim um milagre sem fim:
Os peixes nadando, as pedras,
O movimento das ondas,
Os navios que vão com homens dentro
- existirão milagres mais estranhos?" (Walt Whitmann)
2 de outubro de 2011

Uma história de amor

KONICA MINOLTA DIGITAL CAMERA

Tudo começou quando ainda eram crianças. Ela, um pouco mais velha, ainda no limiar entre a infância e a adolescência, e a outra ainda era uma criança, com tanto a aprender. A garotinha dos olhos verdes mantinha uma grande admiração pela menina-moça dos olhos castanhos, grande amiga de sua prima.
Os anos foram se passando. A garotinha dos olhos verdes foi crescendo, amadurecendo, saindo desse mundo mágico que é a nossa infância. Aos 13 anos, a garotinha dos olhos verdes começou a sutil aproximação e foi, cada vez mais, tornando-se amiga da menina já moça dos olhos castanhos. A admiração só crescia, mas, agora, não era privilégio de só uma das duas garotas. Ambas iam se admirando mais e mais e o relacionamento crescia em amor e afeto. A garota dos olhos verdes tinha uma admiração não somente pela personalidade da moça dos olhos castanhos, mas também pela sua aparência. Ela a achava linda! E esse sentimento mexia um pouco com sua mente pois ela sabia que isso não era uma coisa que uma garota costumava sentir por outra garota, mas, mesmo assim, ela não conseguia suprimir esse sentimento.

1 de outubro de 2011

Lembranças…

Estava aqui pensando em você, meu ex-amor... Lembrando tudo que nós passamos juntos, mesmo que separados. Lembra da primeira vez em que olhei no fundo dos seus olhos e percebi toda a sua beleza? Não? Eu lembro... E lembro que depois desse dia era quase impossível eu conseguir dormir sem lembrar-me do brilho que eu vi nos seus olhos, sem lembrar-me dos seus cabelos, o conjunto perfeito que era o seu rosto. E eu sabia que era impossível te ter, pois, mesmo perto, você estava tão distante...