Quem disse que a
tristeza é algo abstrato?
Quem será que
duvidou que a tristeza é concreta?
Uma coisa eu sei
Não era poeta!
Algum insensível,
talvez
Que nunca tenha
perdido alguém que um bem lhe fez.
Quem disse que a
tristeza é abstrata
Com toda a certeza
não ficava triste com nada
Mas também deve
que não era otimista
Pois abstrata também não é a alegria.
Quem disse que a
tristeza é abstrata
Nunca viu o céu
chorar pela partida de uma pessoa amada
Pessoa essa que
nada tem de abstrata.
A tristeza é
concreta
É, das horas
incertas, a amiga certa!
Discordo
inteiramente da abstração da tristeza
Pois sei que ela
pode se tornar uma companhia concreta
Mas, não sendo companheira
de longa data,
Ela não é de toda
má.
Ela nos faz fortes
pra sentir
E vulneráveis pra
pensar.
Sentir nesse mundo
de falsos fortes e machistas
Onde homem não
chora
E, imitando os
homens, vivem muitas meninas.
Pensar num mundo
onde a ação
Vem antes da
reflexão.
Queria eu, porém,
que não fosse assim
Que não
precisássemos perder alguém para sentir
Aqui estou, forte
sentimentalista,
Porém orgulhoso de
não ser o pivô de uma sociedade machista.
Essa é por e para
todos aqueles que se foram
Mas que não
morreram
E deixaram-nos,
então, essa lição
Nunca morre a
pessoa que cativou algum coração!
0 comentários:
Postar um comentário