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1 de janeiro de 2012

Temperamental


Quando a ira chega,
Ela vem sempre acompanhada
Da raiva das minhas lágrimas
E a vontade de cortar tudo com uma faca.
A calma já não consegue mais tomar conta do meu ser
Vou aprendendo como viver
Num descontrolado relógio de humor...

Temperamental,
Odeio ouvir que estou errado
Choro, quebro, despedaço
Tudo que estiver ao meu lado
E, o que de mim discorda,
Já não mais me sacia.

Eu me acho tão bom
E sou esmagado por tudo que acho ruim:
Ambíguo assim!
Mas não pedi pra ser assim
E nem faço força para não o ser
Gosto de ser invadido pelo pior de mim.

E se choro com um filme
Já me acho sentimental
Quando não escuto os outros
Sou egoísta e mimado
A solidão que me completa
É parte desse quadripolar poeta...

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