Bem me quer, mal
me quer
Já não mais me
interessa
Acabaram-se todas
pétalas
E a resposta da
margarida
Foi que, pra ti,
minha presença é benquista.
Mas ainda restam
dúvidas
E, tirando as
pétalas da rosa,
Mudo as minhas
perguntas:
O que realmente
sinto?
O que faço agora?
Sinto-me inútil ao
fazer tais perguntas a uma rosa
Mas, por ser ela
tão bonita
Isso não significa
Que ela sabe lidar
bem com a vida?
Mas por que não me
responde?
Sempre tão calada
e misteriosa,
Confusão em meio
às flores.
Acho que busco as
respostas em lugar inadequado
Mas não lido bem
com o que agora sinto
E, olhando pro
passado,
Não há respostas.
Em que me firmo?
Sinto-me como rosa
acima do galho:
Dependente das
forças do tempo.
Se um vento forte
me toca caio,
Se um sol quente
me esquenta desmaio,
Mas se a chuva
fina me molha
E a terra,
bondosa, me nutre
Viro rosa formosa
e cheirosa que vira buquê para a moça.
Como lidar com
algo que foge de minhas forças?
Margarida e rosa
querida,
Sinto-me fraco ao
não ter certezas
Não sei
entregar-me, como vocês, às forças da natureza!
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