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27 de dezembro de 2011

Confusão em meio às flores


Bem me quer, mal me quer
Já não mais me interessa
Acabaram-se todas pétalas
E a resposta da margarida
Foi que, pra ti, minha presença é benquista.

Mas ainda restam dúvidas
E, tirando as pétalas da rosa,
Mudo as minhas perguntas:
O que realmente sinto?
O que faço agora?

Sinto-me inútil ao fazer tais perguntas a uma rosa
Mas, por ser ela tão bonita
Isso não significa
Que ela sabe lidar bem com a vida?
Mas por que não me responde?
Sempre tão calada e misteriosa,
Por certo as minhas respostas estão escondidas na rosa.

Confusão em meio às flores.
Acho que busco as respostas em lugar inadequado
Mas não lido bem com o que agora sinto
E, olhando pro passado,
Não há respostas. Em que me firmo?

Sinto-me como rosa acima do galho:
Dependente das forças do tempo.
Se um vento forte me toca caio,
Se um sol quente me esquenta desmaio,
Mas se a chuva fina me molha
E a terra, bondosa, me nutre
Viro rosa formosa e cheirosa que vira buquê para a moça.
Como lidar com algo que foge de minhas forças?

Margarida e rosa querida,
Sinto-me fraco ao não ter certezas
Não sei entregar-me, como vocês, às forças da natureza!


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