Ele andava por entre as pessoas. Ele estava entre as
pessoas. E entre as pessoas ele era forte, talvez. Mas não é forte quem depende
dos outros para a própria sobrevivência. Isso não é força, isso tem outro nome:
PARASITISMO. Mas ele era um parasita e se alimentava de cada elogio, de cada
aprovação e de cada sorriso. Como parasita ele não podia deixar de se alimentar
dos elogios e da aprovação alheia. Mas em seu protegido casulo o parasita
sonhava outros meios de vida. O parasita queria sair do casulo livre, como uma
borboleta. Não fica preso, parasita! Eu sempre torci pelo parasita ser livre.
Eu me emocionava junto a ele quando via suas lágrimas diante da reprovação. E
tinha raiva, também, às vezes. O parasita era forte, ele só não sabia encontrar
as suas forças.
E um dia o parasita para e pensa. Pensa, pensa, pensa.
Aliás, um dia o parasita é obrigado a pensar se não ele nem parava para ver que
a sua fonte de comida não era lá muito vantajosa. E ele então viu que não
precisava se importar. Não, realmente ele não precisava. E sabe por que ele não
precisava? Porque quem realmente se importa com você não te julga, só te ajuda.
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