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4 de dezembro de 2011

O Parasita



Ele andava por entre as pessoas. Ele estava entre as pessoas. E entre as pessoas ele era forte, talvez. Mas não é forte quem depende dos outros para a própria sobrevivência. Isso não é força, isso tem outro nome: PARASITISMO. Mas ele era um parasita e se alimentava de cada elogio, de cada aprovação e de cada sorriso. Como parasita ele não podia deixar de se alimentar dos elogios e da aprovação alheia. Mas em seu protegido casulo o parasita sonhava outros meios de vida. O parasita queria sair do casulo livre, como uma borboleta. Não fica preso, parasita! Eu sempre torci pelo parasita ser livre. Eu me emocionava junto a ele quando via suas lágrimas diante da reprovação. E tinha raiva, também, às vezes. O parasita era forte, ele só não sabia encontrar as suas forças.
E um dia o parasita para e pensa. Pensa, pensa, pensa. Aliás, um dia o parasita é obrigado a pensar se não ele nem parava para ver que a sua fonte de comida não era lá muito vantajosa. E ele então viu que não precisava se importar. Não, realmente ele não precisava. E sabe por que ele não precisava? Porque quem realmente se importa com você não te julga, só te ajuda. 

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