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15 de dezembro de 2011

Postagem dos signos - Touro



Touro, o segundo signo do Zodíaco, possui três mitos (ou três “touros”) que reivindicam a sua constelação. Os dois primeiros mitos podem ser conferidos no site Porto do Céu : http://portodoceu.terra.com.br/artesimbolismo/mitos-02.asp e http://portodoceu.terra.com.br/artesimbolismo/mitos-02a.asp e o mito do touro de Creta, ou Minotauro, pode ser conferido no site InfoEscola http://www.infoescola.com/mitologia-grega/minotauro/.

“Mas o que é o touro, o símbolo do poder que precisa ser dedicado ao Deus? Já vimos, nas imagens de Áries, que o carneiro está associado ao Deus oculto, ao poder e potência fálicos e à onipotência do Pai. O touro é um animal totalmente diferente. Não é de fogo; é de terra e, embora esteja associado à fertilidade da terra, esta não é igual à fértil criatividade do céu. O conto budista de domesticação do touro (às vezes retratado como boi) mostra um homem em vários estágios de desenvolvimento, em que precisa aprender a domar o touro recalcitrante, até que finalmente homem e touro desaparecem e revelam-se como partes da mesma unidade divina. O touro não é mau, mas quando ele dirige o homem pode levá-lo a destruição, porque nesse caso o homem fica à mercê de seus desejos. Mas a repressão também não é a resposta. Homem e touro precisam executar uma dança onde um respeite o outro. Essas imagens orientais retratam o problema da relação entre o ego e os instintos, problema que jaz no âmago do padrão de desenvolvimento de Touro.” Isso explica muitas das características atribuídas aos taurinos, tais como a possessividade, a extrema necessidade de ter seus desejos (sexuais, alimentares, e outros) satisfeitos. Daí advém sua necessidade de dinheiro e seu apego a ele, para satisfazer seus instintos e seus desejos.

O signo de Touro é regido por Vênus, o planeta da deusa grega do amor, Afrodite. Essa regência explica a sensualidade natural e o lado passional e destruidor do aparentemente calmo taurino. “As dádivas de Afrodite, entretanto, são uma faca de dois gumes. Por um lado, as artes do amor e a satisfação do desejo podem unir homem e mulher na sexualidade harmoniosa e na vida conjugal feliz. Porém, por outro lado, podem gerar rivalidades, ciúmes e paixões que ameaçam seriamente as relações entre as pessoas, grupos étnicos e até nações. Assim, a paixão de Minos pelo touro sagrado leva à paixão arrasadora de sua esposa por esse mesmo touro, e o mesmo monstro que daí resulta torna-se um cancro corroendo o reino por dentro. Até a vaca, que parece ser uma criatura tão pacífica, pode levar ao caos e à destruição.” Curiosamente, quem explica a criatividade e praticidade desse signo é o marido constantemente traído pela sua esposa Afrodite, Hefesto (ou Vulcano, no latim), o ferreiro divino coxo e feio. “De acordo com a história, ele era tão fraco e doentio quando nasceu que sua desgostosa mãe Hera o jogou das alturas do Olimpo para livrar-se do embaraço causado pelo filho lamentável. Tenho visto esse triste padrão no começo da vida de muitos taurinos, cujas famílias esperavam algo mais espetacular, mais brilhante, mais exuberante que a criança vagarosa e terrena que o taurino muitas vezes é.”

Finalizando: “É um casamento curioso, entre a bela, indolente e travessa Afrodite e seu marido feio, deformado porém talentoso. Ela despreza sua feiura e é eternamente infiel a ele, mas não pode se separar dele. Acho que esse par de figuras forma um centro inquieto no signo de Touro, pois reúne aí a parte do signo que possui a maravilhosa perícia, poder e engenhosidade de Hefesto, mas que é lento, desajeitado e sem encanto; e também a parte que personifica a beleza e que despreza sua própria imperfeição física. Quer os taurinos exteriorizem esse estranho casamento através de um parceiro real, quer ele constitua um conflito interior entre o idealismo e a rusticidade do signo, o casamento é um dado, uma espécie de destino. Talvez o ego precise chegar a um acordo com o touro bestial; mas o próprio touro está dividido entre a grosseria e a graça, e essas três partes compõem o daimon que impregna esse signo enganadoramente simples.” 

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