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1 de dezembro de 2011

Esperanças



Tenho de confessar
Tenho de gritar pro mundo inteiro ouvir
Que eu só quero te ver sorrir

Tenho pressa
O mundo não tolera a tosse
Dos que engoliram poeira
E estou atrasado
Tenho pressa em agradecer
Só não tenho pressa para ficar
E, se você pedir, fico sempre por aqui

Não quero carinho frio
E não quero emoção distanciada
Então por que sou assim?
Será por que ainda gostam de mim?
Sou gelado
E aparentemente insensível
Guardo tudo nas profundezas
Às vezes me confundo
É intenso o interior do meu mundo
Ou sou eu que complico tudo?

Ainda tenho forças
Ainda tenho sorrisos sem preço
E acho que posso oferecê-los
Sem merecê-los de volta
Não preciso mais de perguntas sem respostas
Pois já tenho até as soluções dos meus problemas
Mas é preciso força
Ou talvez, talvez nem tanto
Exagero em pranto
O que poderia gastar em mudanças
Sempre há esperanças, afinal.

Tenho de confessar
Tenho de externar o meu interior
Eu vou sair espalhando o que tenho de pior
Talvez não seja tão ruim assim
Sei que isso vai fazer bem pra mim 


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