Quem sou?
Crise existencial?
Não faz mal se for
Eu só quero as
certezas de saber quem sou
Mesmo que nunca
estático:
Sou camaleão
errático.
E, se sou mutante,
Não há
determinante
Sou apenas
possibilidades
Reformulo a
pergunta: como é minha personalidade?
Mas será essa fixa?
E se fixa ela for
É a prisão em que
nos acorrentamos,
Carma que pagamos,
Personagem que
interpretamos.
A pergunta “quem
sou eu” é capciosa,
Ambígua,
perigosa...
Quem sou eu,
afinal
Esconde o segredo
do mundo,
Sintetiza o Tudo.
A pergunta “quem
sou eu”
Explica Deus,
Seus feitos e seus
desígnios
Eis aí o perigo!
Quem sou eu não é
pergunta de ser respondida analisando nossa máscara
Sabemos bem o que
queremos quando perguntamos o que somos
Não temos muito em
conta a essência do nosso Eu
A pergunta é pra
Deus:
“A que viemos?
E por que dessa
forma fomos moldados?”
E a pergunta (e
resquício de resposta)
De quem sou eu
É a minha religião
O meu Deus.
Meu Deus cria
diferentes possibilidades
Nas mais variadas
personalidades
E o meu Deus é
amor
Porque o nosso Eu
não vive sozinho
O meu Deus é amor
Porque ele nos
permite um destino.
Quem sou eu?
Eu sou parte de
Deus,
Filho das Estrelas,
Pequeno nessa
grandiosidade,
Solto à esmo.
Não sou sozinho
Sou um menino em
busca de si mesmo
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