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8 de dezembro de 2011

Quem sou?



Quem sou?
Crise existencial?
Não faz mal se for
Eu só quero as certezas de saber quem sou
Mesmo que nunca estático:
Sou camaleão errático.

E, se sou mutante,
Não há determinante
Sou apenas possibilidades
Reformulo a pergunta: como é minha personalidade?
Mas será essa fixa?
E se fixa ela for
É a prisão em que nos acorrentamos,
Carma que pagamos,
Personagem que interpretamos.

A pergunta “quem sou eu” é capciosa,
Ambígua, perigosa...
Quem sou eu, afinal
Esconde o segredo do mundo,
Sintetiza o Tudo.
A pergunta “quem sou eu”
Explica Deus,
Seus feitos e seus desígnios
Eis aí o perigo!

Quem sou eu não é pergunta de ser respondida analisando nossa máscara
Sabemos bem o que queremos quando perguntamos o que somos
Não temos muito em conta a essência do nosso Eu
A pergunta é pra Deus:
“A que viemos?
E por que dessa forma fomos moldados?”

E a pergunta (e resquício de resposta)
De quem sou eu
É a minha religião
O meu Deus.
Meu Deus cria diferentes possibilidades
Nas mais variadas personalidades
E o meu Deus é amor
Porque o nosso Eu não vive sozinho
O meu Deus é amor
Porque ele nos permite um destino.

Quem sou eu?
Eu sou parte de Deus,
Filho das Estrelas,
Pequeno nessa grandiosidade,
Solto à esmo.
Não sou sozinho
Sou um menino em busca de si mesmo
Mas Criador e Modificador do meu mundinho!


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