Copyright © Palavra-poeta
Design by Dzignine
29 de dezembro de 2011

Tempos de amar



As mais belas declarações de amor foram teus abraços
E as suas mais belas palavras nem sequer foram ditas,
Seu olhar as revelou,
O aperto de suas mãos nas minhas prenunciou
A nossa noite de amor.

Cauteloso,
Foi me convencendo aos poucos
Mesmo tendo a minha confiança há anos.
E o nosso dia foi longo,
Eu acuado e você me ganhando
Protegendo-me e sorrindo,
Abraçando-me como se fosse meu anjo.
Em seus braços nos seus abraços
Parte de mim morreu
E, sem ter proteção, resolvi ser seu.


O nosso beijo não foi longo,
Apenas o tempo que fiquei em teus braços
E pareceu-me tão pouco
O encontrar intenso de nossos lábios
Que o nosso encontro continuou à luz do sol
Em outro dia,
No encontro de nossos corpos no desalinho do lençol.

Em meio à relva,
Descalço e distraído pegou-me tão pouco tímido
Talvez entregue à vida
O que não sabia
Era que, furtivamente, observava-me
E a minha espontaneidade alegrava-lhe
Sendo eu, enfim
Sem amarras.

O nosso tempo foi curto
Eu esperava mais ações de minha parte
Mas acho que o que fizemos foi parte
Da poesia de arte
Que se forma, agora, devido à força dos nossos desejos
Descarregada na sofreguidão dos nossos beijos,
O aperto gracioso de nossos abraços fogosos
E o balancear ritmado de nossos corpos.

Não foi preciso dizer “Eu te amo”
Não foi preciso se despedir
Em nossos corpos ainda há o desejo
De novamente se unir
E, enquanto assim o for,
Encontraremo-nos
E novamente respiraremos amor.

0 comentários:

Postar um comentário