As mais belas
declarações de amor foram teus abraços
E as suas mais
belas palavras nem sequer foram ditas,
Seu olhar as
revelou,
O aperto de suas
mãos nas minhas prenunciou
A nossa noite de
amor.
Cauteloso,
Foi me convencendo
aos poucos
Mesmo tendo a minha
confiança há anos.
E o nosso dia foi
longo,
Eu acuado e você
me ganhando
Protegendo-me e
sorrindo,
Abraçando-me como
se fosse meu anjo.
Em seus braços nos
seus abraços
Parte de mim
morreu
E, sem ter
proteção, resolvi ser seu.
O nosso beijo não
foi longo,
Apenas o tempo que
fiquei em teus braços
E pareceu-me tão
pouco
O encontrar
intenso de nossos lábios
Que o nosso
encontro continuou à luz do sol
Em outro dia,
No encontro de
nossos corpos no desalinho do lençol.
Em meio à relva,
Descalço e
distraído pegou-me tão pouco tímido
Talvez entregue à
vida
O que não sabia
Era que,
furtivamente, observava-me
E a minha
espontaneidade alegrava-lhe
Sendo eu, enfim
Sem amarras.
O nosso tempo foi
curto
Eu esperava mais
ações de minha parte
Mas acho que o que
fizemos foi parte
Da poesia de arte
Que se forma,
agora, devido à força dos nossos desejos
Descarregada na
sofreguidão dos nossos beijos,
O aperto gracioso
de nossos abraços fogosos
E o balancear
ritmado de nossos corpos.
Não foi preciso
dizer “Eu te amo”
Não foi preciso se
despedir
Em nossos corpos
ainda há o desejo
De novamente se
unir
E, enquanto assim
o for,
Encontraremo-nos
E novamente
respiraremos amor.
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