Copyright © Palavra-poeta
Design by Dzignine
16 de dezembro de 2011

Postagem dos signos - Gêmeos



Gêmeos é o terceiro signo do Zodíaco e o primeiro representado por uma, ou melhor duas, figuras humanas. Essa figura de duas pessoas iguais, ou mesmo diferentes mas nascidas juntas ainda hoje causa as mais variadas sensações nas pessoas. Há muitos mitos sobre gêmeos na mitologia grega, mas o mais comumente associado com essa constelação é o mito de Castor e Pólux (que pode ser conferido aqui http://portodoceu.terra.com.br/artesimbolismo/mitos-03.asp).
No mito, Pólux perde o seu irmão e pede a Zeus que o traga de volta à vida. Zeus, apiedado, consente que os dois alternem entre o divino e o mortal: ora um está nas profundezas do Tártaro, enquanto outro passa no Olimpo e vice-versa. “Dessa forma, os gêmeos refletem uma experiência cíclica de opostos, pois, quando são mortais, precisam sentir o gosto da morte e da escuridão, mas quando são divinos partilham dos prazeres dos deuses. Gêmeos é tido tradicionalmente como um signo de humor variável, tendendo a oscilar entre a alegria e a depressão.”  É também um signo de opostos. “Pelos olhos de Gêmeos, o cosmo divide-se em opostos, e assim como Castor e Pólux passam metade do tempo no Hades e metade no Olimpo, Gêmeos também ora percebe só o que há de bom na vida, ora só o que há de mau.”
Outros mitos sobre gêmeos ou apenas irmãos (como a história de Caim e Abel) mostram um irmão bom, o amado e querido da família e o irmão mau, a “ovelha negra”. “Minha experiência com Gêmeos ensinou-me que no começo da vida um dos gêmeos, o “bom” ou “mau”, é separado e projetado externamente em alguém ou alguma coisa do ambiente. Vagarosamente, a pessoa, através do choque com esse oposto, começa a descobrir que é ela mesma, embora isso frequentemente não ocorra antes da segunda metade da vida.”
Gêmeos é conhecido pelos seus extremos e ele precisa trabalhá-los para conseguir um equilíbrio entre eles. “Os opostos podem variar. [...] a briga pode ser entre valores intelectuais e emocionais, ou entre objetivos espirituais e corporais. Ou pode ser entre qualidades negativas e positivas, das quais Gêmeos em geral apresenta os dois extremos. Como diz o verso, “quando ela era boa ela era muito, muito boa, e quando era má, ela era horrível”. Se os outros acham isso caprichoso ou difícil, é duplamente difícil para Gêmeos, que em geral fica completamente confuso e precisa encontrar uma maneira de reconciliar esses princípios em luta, ao mesmo tempo em que aceita o fato de que eles nunca se integram totalmente numa adorável, harmoniosa e idealizada unidade livre de conflitos.”. “Talvez os geminianos menos exuberantes tenham o mesmo profundo discernimento (acerca de seu temperamento instável e mutável) e acredito que as turbulentas mudanças que tantas vezes ocorrem na vida de Gêmeos, e que com tanta frequência são estimuladas pelo lado-sombra da própria pessoa, sejam intensamente necessárias.”.
“O tema da “outra” (que uma parte “luminosa” tem algo a aprender – nada menos que a morte e a regeneração – por meio da “escura”) aparece ligado a Hera e todos os numerosos amores de seu marido Zeus. Até nos contos de fada encontramos esse tema de duas mulheres ciumentas, algumas vezes disputando o afeto de um homem, outras vezes disputando o poder [...]. O ciúme entre irmãos, a inveja entre amigos, os conflitos com rivais – todos esses temas são encenações externas do mito de Gêmeos que, infelizmente, com muita frequência não é entendido como a luta interna entre duas metades da mesma pessoa.”
O signo de Gêmeos é regido por Mercúrio, o deus grego Hermes e “... o caráter de Hermes contém em si a ambiguidade e a alternância entre luz e sombra, de que os gêmeos constituem outro símbolo.” Essa alternância talvez seja a razão da imensa bipolaridade e indecisão desse signo mutável. E, pra finalizar: “O destino certamente prega peças aos geminianos, pois esse é um atributo de sua alma. A fertilidade criativa de Hermes reflete-se na longa lista de geminianos que nos legaram uma herança de arte: Wagner, Dante e Thomas Mann são apenas três deles. Mas acredito que os “acidentes” incômodos de que Jung fala e os contos com rivais que parecem estar disseminados pelo caminho dos geminianos, podem levar a uma profunda apreciação da delicada ambiguidade da vida e do mistério do deus luz-sombra. Não há duvida de que Gêmeos se cansaria com qualquer coisa menor.”

0 comentários:

Postar um comentário